Umas são mais fáceis, outras mais difíceis de usar… não importa o modelo, neste inverno a bota é imprescindível para compor os mais diversos looks propostos pelos estilistas. O importante é saber como, quando e QUEM pode usar cada tipo de bota! E são tantas opções modelos tão diferentes, LINDOSSSS! Você já elegeu a sua?

ANKLE BOOT

A ankle boot, como diz o nome em inglês, é curta, na altura do tornozelo. Já virou clássica, desde o último inverno toda mulher tem ao menos uma no armário. A preta é um curinga, mas a nude é a novidade, e devem ser usadas para acrescentar peso aos looks mais leves, entrando no lugar dos escarpins, além de ficarem ótimas em produções étnicas e de referência folclórica. A grande aposta com certeza está nos modelos abertos, chamados peep ankle.

Mas atenção, o modelo não é indicada para quem tem canela grossa, já que a bota realça essa região. A única alternativa é usá-las com calças ou meias-calças mais grossas.

HINKING BOOT

A hinking boot lembra um tênis com salto, tipo aqueles dos anos 90, lembra? Pois desde que a Chloé trouxe de volta o modelo no inverno 2009, ela vem dando o ar da graça e estourou agora. A hinking é um modelo esportivo, perfeito para produções descompromissadas e despretenciosas, mas o novo é combiná-la com peças sóbrias, desde que não sejam looks muito formais.

COTURNO

O coturno tem solado com vincos de borracha e foi destaque no cenário fashion nos anos 70 (graças aos punks) e, novamente, nos anos 2000, por obra dos modernos. Em versão mais chic, o modelo está de volta, principalmente para compor o look militar sucesso da estação, na companhia de vestido de festa ou de calça cargo (junto a uma camisa fina e clutch o visual fica mais sofisticado e ultra moderno!), um verdadeiro exemplo de composição high-low bem sucedida. Só fique atenta para não cair na tentação de compor uma produção militar da cabeça aos pés!

MÉDIA

Com cano intermediário, é o modelo mais clássico e mais fácil de usar – e acertar! Tente usá-las na companhia de peças mais femininas, como vestidos com cintura marcada e saias tulipa, fica super moderno.

Aposte nos modelos de material mais mole, como camurça, que permitem variações de altura e podem ser usadas franzidas. Só devem ser evitadas por quem tem pernas muito grossas, já que marca a panturrilha.

CUISSARDE

Este modelo fica sempre acima do joelho (e pode ir até mais alto, na altura das coxas!). São as mais fashion – e por isso pedem moderação: combine com peças mais chics, principalmente dando um efeito de meia, usando a cuissarde sob a saia ou sobre as calças bem justas (isso se você tiver pernas finas).

Mas atenção: por ser longa, encurta a perna, então deve ser evitada pelas mais baixas. E também pode dar um “ar vulgar” ao visual ao ser combinada a saias curtas e blusas justas.

Foi ontem, dia 17/03, o desfile da coleção outono-inverno de Cris Barros, no Edifício Dacon, em São Paulo. Segundo o reliese, “The Man Who Cried” é o espírito da coleção : Silêncio, Sombras, Solidão e Poesia, que foi desfilada por modelos como Ana Claudia Michels e Renata Kuerten.

A coleção veio cheia de peças de conceito chic “destroyed”. A grande novidade, no entanto, foi a presença da nova linha “Limited Edition”, composta por peças limitadas, mais artesanais. Camisaria desconstruída e cheia de recortes, couro em moulage manchado e desbotado, rendas, tules, bordados, tudo “jogado” no ácido, de aspecto “corroído”. Há veludo detonado e marcado, chifon navalhado… Algumas peças serão únicas.

O vestido Thriller, em chifon navalhado é o resumo da coleção, que marcou uma grande mudança no estilo da marca, que está ainda mais bonita.

De tudo que se viu em termos de beleza nas passarelas do inverno 2010, a grande novidade da estação é a maquiagem cheia de de brilho, para ser usada na medida que você quiser. E, para isso, só um produto vai ser eficaz: o glitter. Ok, normalmente ele está associado a eventos “carnavalescos” (mais do que a uma mulher elegante que frequenta lugares à altura!).

Você precisa “calcular” quanto quer – e deve – brilhar. É preciso entender que o glitter entra como um detalhe, algo sutil, e dever ser aplicado corretamente, para que ele fique no lugar e não apareça onde não deve. A dica é aplicar algum produto – tipo uma base, pode até ser um gloss transparente – para que o produto grude no olho e dure a noite toda.

Depois de pesquisar um pouco, reuni algumas dicas dos maquiadores para ajudar você a brilhar e fazer sucesso nesse inverno:

  • o brilho casa muito bem como sombra preta, que quebra o excesso de brilho
  • um truque legal é usar o glitter para iluminar o canto interno do olho, no lugar da sombra cintilante
  • use como delineador, fazendo um risquinho fino logo acima da raiz dos cílios superiores
  • após aplicar o rímel, experimente aplicar glitter só na pontinha dos cílios, o brilho muda de lugar e fica mais discreto
  • também pode ser usado como gloss, aplicando o glitter sobre um batom cor de boca
  • na hora de aplicar, prefira um cotonete para espalhar uniformemente

Há alguns produtos legais no mercado, como os glitter da MAC, da NYX, e da Contém 1g, que são específicos para maquiagem e proporcionam um bom resultado (não dá para achar que pode ser qualquer glitter, né?)…

Quando acabou o Fashion Rio, eu fiquei com a impressão de que esse inverno seria bem “chato” em termos de moda. Como comentamos, foram muitas coisas iguais, muitas “inspirações” na moda do Hemisfério Norte (e dá-lhe Balenciaga, Lanvin, Givenchy e Dolce & Gabana), ficou a sensação de que viria mais um marasmo fashion pela frente. Felizmente o desfecho da São Paulo Fashion Week foi diferente: restaram várias propostas, várias idéias, vários caminhos…

Com tanta coisa, o que se pode fazer é um “levantamento” do que provavelmente estará nas ruas, daquilo que as lojas colocarão nas prateleiras para nós, consumidores, escolhermos como será o nosso inverno e quais os rumos devemos seguir. Claro que sempre com consciência do que veste corretamente nossa silhueta, do que é apropriado ou não para nosso tipo físico, nossa idade, profissão, vida social…

O que eu apontaria:

Este será um inverno “enfeitado”. As passarelas foram invadidas por pedrarias, peles e franjas, em diferentes estilos, em diversos tipos de peças. Apareceu muito metal, sob a forma de tachas e ilhoses, além dos zíperes (muito mais como enfeite do que propriamente funcional) e muito brilho, sob a forma de maxipaetês, paetês, lurex, lamê. Detalhes em couro também estiveram presentes.

Alexandre Herchcovitch: pedraria

Animale: tachas

Huis Clos: franjas

Huis Clos: pele

Maria Garcia: lamê

Rosa Chá: zíper

A sensualidade será uma constante, evidenciada pelas transparências e pelas peças com pegada de lingerie, além dos mil decotes, recortes e comprimento (mínimo!!!) das roupas.

Simone Nunes: transparência

Samuel Cirnansk: lingerie

Em termos de cores, será um inverno com muito preto, mas ele pode vir acompanhado por “pinceladas” de cores vivas, em especial amarelo e vermelho. Além do preto, a cartela veio recheada de cores neutras priorizando o off white, os beges, os cáquis e o verde-musgo (influência do militarismo vigente). Não poderia faltar o cinza, cor que é a cara do inverno, em nuances que vão do claro ao super escuro, muito bem acompanhadas dos tons diversos tons rosados. Finalmente, marcaram presença o azul e o roxo.

Osklen: off white

Reinaldo Lourenço: verde militar

Forum Tufi Duek: cinza

Maria Bonita: preto

Fabia Bercsek: rosados

 

Wilson Ranieri: vermelho

Para os tecidos, materiais e padronagens, foi a invasão dos sintéticos, como o neoprene (apareceu diversas vezes) e o cirê. Mas a grande aposta veio com o feltro, trabalhado por diversas grifes, que alcançaram resultados diferentes e agradáveis, apesar de ser um material tão estruturado. No outro extremo, para as peças mais leves e com movimento, o cetim foi a vedete, explorado em vestidos e tops principalmente.

Forum Tufi Duek: neoprene

Wilson Ranieri: cirê

Osklen: feltro

Isabela Capeto: xadrez

Glória Coelho: cetim

Jefferson Kulig: detalhes em couro

Tal qual os desfiles cariocas da temporada, o tricô foi onipresente, mas aqui quase sempre gigante, em pontos enormes. E os xadrezes também reinaram entre as padronagens, seja o tartã pied-de-coq.

Maria Garcia: tricô

Será um inverno de construções (e desconstruções), em formas arquiteturais, tendo nos ombros a grande aposta. Quadris em evidência e barras e assimétricas completam as formas.

Priscilla Darolt: arquitetura

Amapô: ombros em evidência

Lino Villaventura: quadris em destaque

Alexandre Herchcovitch: barras assimétricas

E para coroar a democracia, as peças mais presentes nos desfiles, que devem fazer sucesso na “vida real”… principalmente porque as possibilidades são tantas que dificilmente alguém não se encaixará em alguma das propostas!

 1.Indiscutivelmente será um inverno cheio de vestidos. Podem ser mais ajustados ou larguinhos, em comprimentos que vão do muito curto ao longo, com saias arredondadas ou godês. Podem ser estruturados ou tipo moulage, drapeados, com detalhes de babados ou plissados. O mesmo vale para as saias.

André Lima

Erika Ikezili

Colcci

2. As calças vieram um pouco mais curtas, mas podem ser justas ou larguinhas. As leggings são presença quase obrigatória, como peça principal ou no lugar das meias (essas, aliás, muito mais que coadjuvantes, podem ser estampadas, trabalhadas com costuras, tipo arrastão…).

Cavalera

Iodice

Carlota Joakina

3. Para aquecer, as opções são os muitos paletós (ajustados na cintura), jaquetas mais curtinhas e mantôs (em diferentes formatos).

Ellus

Simone Nunes

Forum Tufi Duek

4. Os macacões também apareceram bastante, também em diferentes materias, estilos, cortes, formas…

Maria Garcia

5. O jeans não poderia deixar de marcar presença. E apareceu muito, em azul ou preto, bruto ou com lavagens especiais, em qualquer peça (jaquetas, parkas, saias, shorts, calças).

Colcci

6. Nos pés, muitos abandonaram os saltos, seja em forma de sapatilhas, tênis ou flat boots. Mas, sem nenhuma dúvida, o item must have da estação são as ankle boots, mas essas sempre de salto alto.

Samuel Cirnansck

Não gosto muito de falar em tendêcia, parece que ficamos um pouco na obrigação de seguir aqueles passos, tira um pouco a cara democrática da moda atual. Mas há sim alguns looks da São Paulo Fashion Week que foram mais marcantes e apareceram mais vezes. Mas os desfiles da Neon são sempre um capítulo à parte quando se trata de maquiagem –  e de um look para causar impacto…

Dessa vez o destaque ficou para os batons: nada de boca apagadinha, a Neon gosta de boca colorida, cheia de personalidade. E o mesmo aconteceu com as sombrancelhas, que apareceram, na maioria dos desfiles desta edição do SPFW, descoloridas e apagadas, mas vieram bem bem marcadas e com destaque (com traçado feito com lápis, bem quarentinha!) na maquiagem da Neon, de autoria de Lau Neves.

Segundo divulgado, os batons usados pelas modelos na passarela foram cinco, todos eles da MAC:

1. Rebel (beringela),

2. Diva (magenta),

3. Media (roxo),

4. MAC Red (vermelho), e

5. Lipmix Style Black (preto).

Ah, e os cabelos, cheio de ondas bem feitas, também seguiam a tendência dos anos 40. Simplesmente chic!!!

 

André Lima encerrou o São Paulo Fashion Week  com um desfile colorido, gráfico, cheio de vestidos supercurtos, bons para um inverno tropical como é o nosso.

Há uma diversidade de grafismos, desde as estampas e combinação de cores, até os recortes dos decotes e nas barras das peças. A modelagem das peças brinca com as  golas e as mangas; as saias dos vestidos são cheias de babados. A cartela de cores é rica, com um bonito verde cítrico, além de azul royal, branco, preto, vermelho e prata. 

André propõe vestidos curtíssimos, sejam eles tomara-que-caia ou de um ombro-só, sejam com mangas volumosas, com drapeados, laços e franzidos; propõe, também, bonitos longos, cheios de babados e ajustados ao corpo. Mostrou calças justas e com bolsos estruturados.

Como sempre, a roupa de André Lima é bem feita, de acabamento e caimento perfeitos. Ainda que essa coleção não tenha sido exatamente um exemplo de inovação do estilista, continua sendo a referência brasileira para roupas de festa.

A grife Do Estilista, de Marcelo Sommer, trouxe como tema  tema o anarco-privitivismo, movimento que prega justamente o fim do consumismo e a desindustrialização. Trouxe para desfilar seus amigos – inclusive estilistas do SPFW, sempre cabisbaixos, olhar perdido e sem maquiagem.

As roupas e tecidos são reaproveitadas de antigas coleções de Marcelo: no feminino, os vestidos de sempre, com barra na altura das canelas, meio retrô, assim como o xadrez e as saias volumosas. Elas usam look masculino e saias com tule, babados, e apliques de corda. No masculino, calças com modelagem ajustada, usada com paletó ou mantô.

As cores são preto e cinza, com alguns brilhos (saias com paetês dourados, por exemplo), em tecidos com textura de desgastados ou amassados. Nos pés, boots vermelhas (tipo Doc Martins) + polainas, tanto no masculino como no feminino. A corda é  um dos símbolos da coleção e aparece como detalhes em casacos, além de ser usada como colar (lembrando uma forca!).

Marcelo Sommer mostra que precisamos nos descontentar. Mas que há alguma esperança, mesmo que no último dos momentos. Destaque para o o vestido verde de Luciana Curtis, grávida, como que simbolizando a esperança, em um desfile sombrio e de tema pesado.

Muitos aplausos. Assim foi o desfile da Reserva, de Rony Meisler, no último dia de São Paulo Fashion Week. Sucedendo o papel que foi de Fernanda Young na última ediçao, Felipe Andreoli, repórter do CQC, leu um texto sobre os 15 minutos de fama, tema do desfile. Na trilha, assinada por Jackson Araújo, a música da inglesa Susan Boyle, “I dreamed a dream”, além de “A melhor banda de todos os tempos da última semana”, do Titãs.

Para desfilar, os modelos levavam de espelhos a etiquetas e códigos de barra como acessório. Usavam, ainda, óculos de grau enormes, suspensórios, gravatas borboleta e cabelo dividido para o lado.

Mostrou calças e bermudas bem justas (em jeans e alfaiataria) com debruns brancos, acrescidas de botas de couro de cano baixo (desenvolvidas pela Sebago) e usadas com meias de tricô. Trouxe casaco de moletom e legging estampada, usada para dentro das botas. Apresentou camisas e tricôs (com tinta preta ou metálica).

As cores usadas pela grife foram preto, marrom, cinza, roxo e verde, além da estampa camuflada do exército em tom rosado; os tecidos escolhidos eram todos resinados e reflexivos. Há muito xadrez e boas estampas opticas.

Essa foi a primeira coleção com assinatura de Camila Bertolote, que já era da equipe de criação da marca, para a Carlota Joakina. E ela veio bem, trazendo como inspiração o tema “a arquitetura das flores”, traduzido em estampas florais, bordados imitando rosas e diversos babados.

Mostrou roupas com formas mais secas, com muitas leggings, jaquetas e vestidos, numa coleção mais adulta que as anteriores, porém super feminina. A cartela de cores trazia muito preto, cinza, off-white, nude e azul petróleo. Para os detalhes, foram selecionados zíperes pretos; para os tecidos, a selção incluiu seda, chiffon, tricô, tule e malha.

Há vestidos de festa na cor nude, com detalhes em tecido que lembram as pétalas das flores; há vestidos tomara-que-caia e de alcinha de seda, nada muito curto; há modelos transparentes e mais soltos, usados com shortinhos sob eles.

Nos pés, mostrou botas curtas de camurça de cano baixo, quase rasteiras, usadas com meias de tricô (como soquete ou até o joelho). Outra peça imprescindível para a coleção é a meia-calça, que para a grife deve ser estampada com desenhos de galhos de árvores secas.

 

Isabela Capeto abriu o último dia de desfiles da edição Outono Inverno 2010 da São Paulo Fashion Week, com desfile no Shopping Iguatemi. Como inspiração, filtros. Sim, o mote era o de que, num mundo cheio de informações, é preciso filtrar.

Para traduzir esses filtros, Isabela, em cenário concebido por Alberto Renault, usa os detalhes que tanto aprecia colocar em suas criações: são canutilhos, miçangas, argolas de metal e fitas de veludo. São muitas cores, adicionadas ao preto e inseridas nas estampas, que trazem coisas do dia-a-dia (filtros de café), coisas da natureza (teia de aranha), além de outras coisas mais abstratas (sonhos).

Sua coleção, como de costume, privilegia vestidos e saias. Mas, dessa vez, ela abandonou aquele comprimento “longuete” (que não  favorece nem jovens nem mulheres mais maduras, além de achatarem a silhueta!!), adotando comprimentos acima do joelho. E aí as modelagens se revelam em seda e viscose, com detalhes em veludo (há corte A, túnicas, os fluidos), há saias pregueadas, envelope e com babados. Há tops fluidos, cheios de detalhes, por vezes com transparência e cardigãs bordados.  Para as calças, criou modelagens que ou são largas e curtas, ou mais ajustadas. Para as cores, usou o preto (sempre com detalhes coloridos ou com), marinho, chocolate, rosa, amarelo e vermelho. 

Destaque para o lindíssimo macacão de flanela xadrez, além do uso da meia colorida com sapato de tressê e cadarço. Finalmente, ressaltam-se os cabelos, lindos com as fitas trançadas e o uso das milhares de bijoux.