A Folha de São Paulo, na edição do dia 26 de setembro, no caderno Vitrine, trouxe uma reportagem intitulada “Vestidas para vender, vestidas para comprar”, que achei bastante interessante porque mostra claramente que a roupa é uma ferramenta para transmitir e definir nossa identidade pessoal e a imagem/percepção que desejamos que os outros tenham de nós.

cha_fw09_059A reportagem trata das lojas de grife localizadas em São Paulo e suas respectivas compradoras (fiéis ou eventuais) e vendedoras, enfatizando o fato de que ambos os lados são “loucos” por grifes, consomem-nas avidamente, mas que o preço pago por elas são BEM diferentes…

Dentre outras colocações, o que mais me chamou atenção foi o fato de que “os looks excessivos das vendedoras, nessas boutiques de luxo, podem intimidar a consumidora potencial e fazê-la relutar a entrar na loja”. As compradoras vêem-se obrigadas a se produzir demasiadamente para ir às compras e muitas vezes se sentem diminuídas diante das vendedoras, avaliadas antes mesmo de entrarem na loja.

 Dior-alta-costura01Pois bem, a verdade é que a primeira impressão é a que realmente fica, somos julgados em até 30 segundos (numa interação, exíguos 6 segundos são suficientes para causar impressão, segundo pesquisas científicas na área da psicologia)… E o julgamento é feito pela PERCEPÇÃO, por aquilo que está em nossa memória, levando-se em conta as referências de quem está julgando (e esse é um fator cultural, tem a ver com o ambiente em que ele está inserido!). Associamos símbolos àquilo que conhecemos, analisamos a vestimenta e traduzimos de acordo com as experiências pessoais que temos.

Por isso a importância em se criar uma identidade pessoal, em definir o estilo, a imagem da pessoa. E esse é justamente o trabalho do CONSULTOR DE IMAGEM: fazer com que a pessoa tenha a certeza de estar passando a imagem que deseja, de estar sendo percebido pelos outros como ele quer, de estar refletindo seu interior. Através de seu conhecimento acerca dos significados, dos símbolos da vestimenta, o consultor fará com que seu cliente exteriorize o que quer passar, levando em conta referências históricas, elementos de design, regionalidade, cultura e experiência pessoal (o consultor tem sempre referências novas, à frente…).

A consultoria de imagem irá alterar a percepção que os outros têm a seu respeito, muda o tipo de abordagem em relação a você. Por isso é para todo mundo, para pessoas “normais”, não apenas para pessoas em destaque na mídia, artistas, políticos. Importantíssima para profissionais de todas as áreas, inclusive para essas pessoas que, apesar de necessitarem transmitir uma imagem de pessoas “acessíveis”, passam uma mensagem de superioridade, afastando de si justamente quem mais deveriam atrair… suas potenciais clientes.

MatériaNa edição de setembro, na página 236, a Revista Cláudia trouxe uma nota a respeito do meu trabalho de consultoria de imagem. Bem legal, principalmente porque eles descreveram rapidamente como funciona uma consultoria de imagem e, mais importante, fica claro que consultoria também é para “pessoas normais”, não precisa ser artista para recorrer a um profissional de imagem. Afinal, todo mundo quer estar bem dentro de seu círculo social ou profissional.Matéria Recortada