Guerra pelo luxo
22/08/2011
Parece que o chamado “Quadrilátero do Luxo” está perdendo cada vez mais grifes que estavam exclusivamente ali instaladas. Dessa vez é a Cartier, que anunciou a abertura da flagship da marca no Cidade Jardim em 2012. O fechamento da loja da Haddock Lobo não foi confirmado mas, pelo que se tem notícia, o espaço nos Jardins não será mais ocupado. Além disso, está prevista uma expansão de lojas em shoppings, a exemplo de sua concorrente Tiffany. Até a Dior, tradicional no bairro, abrirá loja também no Cidade Jardim.
A verdade é que nesse ano diversas grifes anunciaram sua chegada no Brasil, caso da Balmain, Lanvin e Balenciaga. E, em 2012, com a abertura do JK, do grupo Iguatemi, outras grifes aportarão por aqui (ou se expandirão), como a Topshop e a Gucci. E um Cidade Jardim menor também deverá ser erguido, conforme anunciado pela JHSF.
Mas o charme da Oscar Freire ainda seduz muita gente – além de atrair turistas, que se aglomeram nos cafés e restaurantes. Então vamos esperar os próximos movimentos para ver quem vai vencer essa batalha no final…
E o jeans nosso de cada dia…
28/10/2009
Não há dúvida que o jeans é um clássico, acima de qualquer moda ou tendência. Mas não pense que ele “por si só, simplesmente e sempre o mesmo” já basta. Para o Verão 2010, o que se busca é um jeans de “gente grande”, pensado, elaborado, cheio de técnicas, processos industriais. Um jeans mais especial, mais autêntico…
Estamos na temporada em que a alfaiataria, antes reservada aos ternos bem cortados e de caimento perfeito, é aplicada ao índigo nosso de cada dia, e mostra que, embora a qualidade custe caro, se for verdadeira, estamos dispostos a pagar o preço…
São permitidas diferentes tendências, silhuetas e lavagens. Pode o jeans claro, desbotado, mas pode o jeans bruto também, super escuro, e até mesmo o black jeans.
Vale o jeans tratado, desgastado, relaxado, retalhado, patchwork (Balmain)!! Pode ter efeito de pintura (manchas, borrões, cores mil nas peças), como as de Alexander McQueen, Moschino, Cavalera; pode ser degradê, em azul (Rick Owens) ou em cores fortes (DSquared, Cavalera).
Pode calça curta, pode shorts, pode colete… pode até gravata, um pouco de tudo. Mas tem que cair bem, não adianta achar legal e sair por aí com uma calça curta, que te “encurta” ainda mais… uma jaqueta croped que parece “sumir” com sua cintura… Tudo depende de seu tipo físico, que deve sempre ser respeitado para que sua silhueta esteja equilibrada e harmônica.
Sensualidade em tempos de crise
15/10/2009
A crise pode até estar dando sinais de adeus, já que ontem as Bolsas do mundo se animaram com a notícia de que o JP Morgan obteve no terceiro trimestre lucro 580% maior que o do mesmo período do ano passado.
Bom sinal, sem dúvida. Mas os reflexos da crise puderam ser vistos na última semana de moda francesa que, em tempos de contenção econômica, priorizou uma moda mais “pé no chão”, sem tantos luxos e ousadias, porém sem perder o glamour.
A tarefa criativa esteve um pouco mais árdua nesta temporada, porque baixar custos não pode significar cair no lugar comum, há que se buscar sempre a novidade e continuar irresistível!
A Chanel, por exemplo, apresentou uma coleção contemporânea, de cores suaves e formas leves, porém indiscutivelmente sexy. Aliás, essa é a palavra de ordem da temporada: sensualidade, que aparece em looks muito curtos (curtíssimos!!!), fendas, decotes, lingeries aparentes… enfim, corpo à mostra.
As silhuetas são soltas, os tecidos vaporosos, à exceção da Balenciaga e Balmain. Houve, também, o oposto, com a introdução de elementos do guarda-roupa masculino, ombros fortes, cinturas marcadas, caso da Dior.
Hussein Chalayan apresentou seu smoking desconstruído, Balenciaga abusou das geometrias, Stella Mc Cartney misturou renda e alfaiataria. A Maison Martin Margiela “recortou” suas peças, Givenchy veio cheio de grafismos.
Houve flores, muitas delas… mas ainda restou alguma referência étnica, assim como os nudes, beges, branco, rosa e preto.
Enfim, em época de recessão, teve menos pano, menos desperdício, uma moda mais usável sem que se perdesse criatividade, inventividade… O que mais se viu, sem dúvida: o corpo da mulher!